DESCUBRA A SUA LENDA PESSOAL
“Sem
jamais compreender que o Amor nunca impede um homem de seguir sua Lenda
Pessoal. Quando isso acontece, é porque não era o verdadeiro Amor, aquele que
fala a Linguagem do Mundo” (Paulo Coelho)
Este texto é uma tentativa de ressuscitar meu blog há muito esquecido. Creio que se
estivéssemos em tempos mais antigos faria jus ao seu título Yellow Letters (Cartas Amarelas, em
português). Confesso que minha intenção é poder retirar (ainda que em vão) um
pouco desta poeira que cobre meu ser devido à ação do tempo.
Há alguns dias eu li textos de uma amiga em seu blog pessoal. Textos estes que me
encantaram pela sua delicadeza e sensibilidade e que acabaram fazendo com que
eu sentisse uma ponta de vontade de escrever novamente. Claro, eu não havia
parado de escrever totalmente. Não
completamente. Trago sempre comigo um caderno aonde anoto versos ou frases
soltas que surgem em minha mente turbulenta, o que tem ajudado muito a aliviar
meus sintomas de depressão e naqueles momentos os quais eu quero dizer um “vida, pisa menos, por favor”. É uma
válvula de escape que encontrei quando era mais nova e que hoje se tornou quase
um dever. Uma necessidade. Um elixir. E por qual motivo eu parei de escrever?
Por que as pessoas ainda me cobram das antigas histórias de terror e minha
inspiração se foi como uma folha de árvore na tormenta? Bom, essa resposta só o
tempo dirá. E é justamente pela falta dele que tive que abdicar de tantas
coisas necessárias que antes me davam prazer e que hoje abandonei quase por
completo. As vinte quatro horas de um dia, os sete dias da semana, os doze
meses de um ano são insuficientes para se trabalhar, estudar, ler, aprender
coisas novas, um novo idioma, ir à academia, dormir as horas necessárias e
checar as redes sociais. E bem, sinto-me um tanto envergonhada por isso, pois
acabei me esquecendo dessa dádiva presenteada pelos céus que é a escrita.
No início do ano li um livro bem clichê e um pouco
difamado pelas críticas literárias mais efusivas. Trata-se de O Alquimista, do escritor brasileiro
Paulo Coelho. Em suma, seu conteúdo aborda o conceito da Lenda Pessoal, ou
seja, aquele desejo primordial que cada ser humano carrega dentro de si e que
por motivos que já conhecemos quando adentramos na vida adulta, abandonamos e
deixamos ali, guardados, sobre pilhas de poeiras e lembranças esquecidas em
nossa mente e coração. Partindo dessa ideia, eu sei que me enquadro nisso, já
que havia me esquecido também da minha própria Lenda Pessoal. E a leitura deste
livro (e do blog de minha amiga) fez com que eu quisesse dar mais uma chance à
ela. Pois bem, minha Lenda Pessoal é a de me tornar uma escritora, independente
de hoje eu ter me tornado professora de inglês, falar três idiomas, ir à academia
ou estar praticamente casada e com responsabilidades domésticas aos parcos 25
anos de idade. Creio que a pior forma de perder a identidade é esquecer tudo
aquilo que nos fazia feliz para darmos maior atenção ao estresse das coisas e
responsabilidades que o mundo moderno nos obriga a passar.
É certo que eu quero continuar a escrever e atualizar
este pobre blog amarelado e
deteriorado pela ação do tempo. Talvez eu não consiga de imediato, mas pretendo
dar uma chance à minha Lenda Pessoal. E isso ninguém irá tirar de mim.
P.S. Após fazer a revisão deste texto percebi o quanto
estou enferrujada na escrita. Peço perdão pela eventual pobreza de texto. Juro
que irei melhorar.
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