Qual seria sua idade se você não soubesse quantos anos você tem?
Durante essa semana fatídica surgiram em minha mente prolixa algumas interrogações a respeito do conceito de idade. Questões que me levaram a refletir por horas e a consumir meio litro de café (pra não dizer outra coisa). E a conclusão a que cheguei foi a de que eu sou o próprio e famigerado Benjamin Button, célebre criação de Mr. Fitzgerald. É a história bizarra de um homem que nasce velho e com o passar dos anos rejuvenesce, até... não existir mais!
Aos quinze eu poderia dizer que a minha maturidade estava em alto grau, ultrapassando da meia-idade. Era muito centrada e responsável. Possuía um requintado vocabulário e finas maneiras. Em meu círculo social participavam as mais cultas personalidades, onde discutíamos todo o tipo de baboseira intelectual e eu me gabava por sempre utilizar a minha eloquente retórica planejada.
E hoje? Bem, hoje eu tenho mais de vinte e parece que perdi todo aquele glamour de minha meninice. Meus avanços ocorreram apenas nos planos profissionais e físico-comportamentais. As mudanças em todo meu ser são nítidas para a maioria dos que me conheceram naqueles tempos de glória. E posso ver-me hoje muito mais adolescente e muito mais volúvel. Posso sentir no âmago do meu ser que a minha essência se alterou e que hoje sou bem mais jovem do que eu era aos dezesseis. Ou aos dezessete. Isso não importa. Acontece que eu rejuvenesci.
Ainda assim, só me restaram dúvidas... em minha idade cronológica real se sou eu ainda jovem, passando por cima de tudo e se hoje eu canto essa canção, o que cantarei depois? Bem, essa pergunta só Cronos, o senhor do tempo, poderá responder. Até lá, só poderei imaginar que provavelmente estarei embrulhada em fraldas e mamando meu Leite Ninho em minha mamadeira rosa da Hello Kitty, porque, caro leitor, eu sou Button!
Abraço e até a próxima!
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