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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

MEMÓRIAS DE UM SERIAL KILLER- Terceiro capítulo

Capivari, 27 de fevereiro de 2016.                              Meu Deus o que está acontecendo comigo?             Acordei no meio da madrugada, desesperado. Um turbilhão de vozes rugia e ria histericamente em uma entoada dos mais diversos sons. Meu corpo todo formigava e minha cabeça rodava como se eu estivesse muito bêbado. Sentia como se eu fosse explodir em trilhões de pedaços.             Chega! Chega, por favor!             Mas elas não me ouviam implorar. A balbúrdia era tamanha que a minha voz era apenas um sussurro imperceptível. A confusão na minha cabeça durou cerca de meia hora e, como em um passe de mágica, desapareceu.             Estou completam...

MEMÓRIAS DE UM SERIAL KILLER- Segundo capítulo

Capivari, 20 de fevereiro de 2016.             Uma semana havia se passado desde que eu matara minha mulher. As vozes que falavam comigo haviam desaparecido completamente. Achei estranho elas terem sumido. Senti falta, de certa forma. Mas todo aquele silêncio durou pouco tempo, pois no oitavo dia elas retornaram.             Acordei certa manhã com uma voz feminina, aguda e irritante chamando pelo meu nome. Quando finalmente despertei, uma saraivada de palavras nada amistosas caiu sobre mim: seu bundão, quando é que você vai virar homem? Não acha que já está na hora de fazer aquilo de novo? Precisa que eu fique mandando ? Fracassado!             Dessa vez eu não respondi, não retruquei e não me exaltei. Sabia que ela estava lá só pra me perturbar e zombar de mim. Levantei-me e realizei minhas atividades rotineir...

MEMÓRIAS DE UM SERIAL KILLER- Primeiro capítulo

Capivari, 13 de fevereiro de 2016.             Talvez pra mim seja um pouco complicado escrever sobre esse tipo de coisa. Minha identidade poderá estar exposta aqui e a última coisa que eu quero é ser descoberto. Ter meu nome revelado neste momento é assinar minha sentença de destruição e não pretendo ser preso e ter que desvencilhar-me tão cedo dos meus “hábitos” peculiares.             Acabo de matar uma garota. Agora mesmo, pouco antes de começar a escrever esta página. As vozes sossegaram depois que a assassinei. Era exatamente isso o que elas queriam. Agora eu me sinto bem mais calmo e com uma paz inebriante percorrendo as minhas entranhas.             Durante a noite (ou mesmo durante o dia) eu ouço vozes na minha cabeça. São muitas, de várias entonações e timbres, femininas e masculinas. Elas me dizem várias...