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Mostrando postagens de janeiro, 2018

A BRUXA

Conversas filosóficas. Porque esse tipo de assunto atrai a tantos jovens, em sua maioria os “pseudointelectuais” na puberdade? Bom, não estou aqui para criticar de forma alguma o modo de pensar da adolescência capivariana, mas apenas para relatar uma conversa um tanto sombria entre dois jovens que se encontravam, neste momento, sentados em um banco próximo ao coreto da praça central de Capivari naquela tarde de domingo ensolarado. Eduardo e Renato eram amigos de longa data. Cursavam o Ensino Médio na Escola Padre Fabiano e gostavam muito de conversar sobre vários assuntos. Discutiram calorosamente política, história, religião, futebol. Até que... -Capivari é uma cidade com tantos problemas! - lamentou Eduardo. Renato olhou para o amigo com um certo ar professoral. -Bem, existe algo que acredito que possa ser a explicação para isso. -E qual seria essa explicação? -Um fato que ocorreu há muitos anos, mas que já foi esquecido por muito tempo. Se eu contar a você, prom...

REFLEXÕES E INFLEXÕES

Em dados momentos, não muito raros, eu me pego pensando: quem sou eu? Sou apenas uma jovem comum de 23 anos chamada Isadora e com um sobrenome esquisito? Sou mais que isso? Ou menos?          Às vezes contemplo meu reflexo no espelho e o que vejo não me agrada, deveras. Um rosto muito pálido envolto em cabelos vermelho-fogo. Um par de olhos negros muito grandes pintados à moda antiga. A boca pequena e mal desenhada. Um sorriso tortuoso.  O corpo magro, com poucas curvas, sempre metido em roupas pretas justas (com maior freqüência). Olho e vejo-me como uma garota comum e nem um pouco graciosa, sem atrativos. Meu desleixo, as unhas por fazer, a maquiagem borrada, o batom malfeito. Minha aparência é o que eu vejo, não o que as pessoas acreditam.          Que mal fiz eu aos deuses todos?          Mais que apenas aparência: sou personalidade. Por que eu gosto ta...