TIA CATARINA
No momento em que decidi pegar a caneta para relatar os últimos fatos ocorridos senti como se estivesse em uma empreitada que porventura me libertaria da angústia na qual venho mergulhado desde o fatídico dia que... Bom, isso eu terei que relatar desde o início. Devo prevenir o leitor que tenho o péssimo costume de contar uma história pelo fim e, se caso não entender a minha, peço as mais sinceras desculpas. Prometo tentar encaixar os fatos de acordo com a sua cronologia exata, mas temo que velhos hábitos sejam difíceis de mudar. Hoje faz uma noite fria e ouço um barulho intenso vindo do lado de fora, o vento rugindo com total voracidade. O medo parece estar presente no ar gélido da noite, sensação a qual me traz as lembranças mais medonhas que reuni durante minha parca existência. Mas chega desse monólogo de um pobre presidiário que se encontra na mais profunda decadência. Droga! Acho que já revelei ao público que sou um criminoso. Eu avisei que tinha mania de inverter a ordem dos fa...